Parágrafo com os pontos que mais impactaram do livro Filosofia da caixa preta
Durante a leitura do livro, o nível de análise crítica do Flusser me deixou bem interessada. O que mais me chamou a atenção foi a nomeação do fotógrafo e sua relação com o máquina como exemplo da existência humana no mundo pós-industrial. Isso aconteceu, imagino, principalmente porque acredito que a maioria dos fotógrafos não saiba minuciosamente como funciona a transmissão da imagem nas máquinas fotográficas, ou seja, o humano usa o aparelho sem dominá-lo, apenas utilizando um input, sua paisagem, e recebendo um output, sua foto. Além disso, sua percepção de que o mundo é rodeado de fotos e que nem sempre foi assim, me surpreendeu um pouco, apesar de ser óbvio, uma vez que essa questão nunca foi algo que parei para refletir. A questão que gostaria de deixar é: até que ponto a intenção do ser humano ao tirar uma foto prevalece sobre a máquina e suas limitações e possibilidades?